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Batalha de Austerlitz

A Batalha de Austerlitz marcou o triunfo militar de Napoleão Bonaparte
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É notória a destreza e a habilidade de Napoleão Bonaparte como estrategista militar. Antes de ascender ao poder na França em 1799 e dar início à chamada Era Napoleônica (1799-1815), o líder francês já era um jovem general respeitável que despertava fascínio tanto em seu pares quanto em seus inimigos. O maior dos feitos militares de Napoleão, que marcou as conquistas das guerras napoleônicas, foi a Batalha de Austerlitz, ocorrida na região da Morávia, atual República Tcheca, em 1805.

Vale lembrar que o ano de 1805 foi o auge das guerras napoleônicas. Em outubro desse mesmo ano, Napoleão sofreu uma massacrante derrota no mar para o exército inglês, liderado pelo Almirante Nelson: a famosa Batalha de Trafalgar. A partir dessa derrota, Napoleão, que havia se sagrado imperador da França um ano antes, sabia que deveria enfrentar os ingleses de outro modo. O Bloqueio Continental seria a sua estratégia. Ao mesmo tempo, Napoleão também sabia que precisava concentrar forças contra as duas principais potências do continente: o Império Russo e o Império Austríaco.

O Império Francês, herdeiro da revolução de 1789, levantava a bandeira da libertação dos povos, libertação do jugo das monarquias absolutistas, que, segundo defendiam os entusiastas da Nação Francesa, aprisionavam os cidadãos sob a alcunha de súditos do rei. A marcha de Napoleão contra Rússia e Áustria possuía um viés autoritário com máscara libertária. Em 13 de novembro de 1805, Napoleão invadiu Viena (capital da Áustria), antecipando-se a uma possível manobra dos ingleses contra seus exércitos. Em 02 de dezembro de 1805, ocorreu, em Austerlitz, a batalha que esmagaria russos e austríacos e daria a Napoleão a hegemonia no continente por cerca de dez anos.

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A Batalha de Austerlitz durou cerca de nove horas. Eram 80 mil russos e 25 mil austríacos contra 75 mil franceses. Esses últimos, apesar de estarem em menor número, liquidaram os dois exércitos. O triunfo de Napoleão sobre Rússia e Áustria consagrou-o como imperador e, mais ainda, firmou seus anseios imperialistas, como acentuou o historiador Marco Mondaini:

[...] a Batalha de Austerlitz acabou por se tornar, para Napoleão, um misto de sagração imperial e apogeu de estrategista militar. Conhecida também como a Batalha dos Três Imperadores, Austerlitz teve como armamentos básicos: os fuzis adaptados com baionetas em suas pontas (infantaria), os sabres (cavalaria) e os canhões com caixa de munição do sistema desenvolvido pelo general Gribeauval, na década de 1770 – armamento que seria utilizado durante todo o período das Guerras Napoleônicas, tendo sido mantido em uso até as décadas de 1820 e 1830.” [1]

Essa inovação de armamentos foi decisiva para a vitória napoleônica. A hegemonia do exército francês duraria até 1815, ano em que Napoleão foi exilado definitivamente, na ilha de Santa Helena, e em que seriam assinados os acordos do Congresso de Viena, cujos projetos previam a restauração da ordem absolutista na Europa, tal como vigorava desde antes da Revolução Francesa ter início.

NOTAS

[1] MONDAINI, Marco. Guerras Napoleônicas. In: MAGNOLI, Demétrio. (org). História das Guerras. São Paulo: Contexto, 2013. p. 206.


Por Me. Cláudio Fernandes

Escritor do artigo
Escrito por: Cláudio Fernandes Escritor oficial Brasil Escola

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FERNANDES, Cláudio. "Batalha de Austerlitz"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/guerras/batalha-austerlitz.htm. Acesso em 29 de março de 2024.

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